As apresentações que fiz e os dias que passei na África do Sul foram o desfecho perfeito de um périplo memorável pela África Austral.
Em 2008, já tinha feito uma sequência de apresentações em Joanesburgo, Pretória (e outras cidades). Por isso, por já conhecer o país, tinha expectativas altas. Este regresso, no entanto, acabou por superá-las todas.
Na Aliance Française de Pretória tive conversas sobre os meus livros mais recentes (em tradução inglesa) com alunos de diversos níveis de ensino. Foi bastante gratificante apresentar o meu trabalho nesse contexto. Destaco a apresentação/conversa com os alunos da Universidade Sénior Boa Esperança. Foi a única oportunidade de fazer uma apresentação em português (com leituras também em português) e permitiu-me conhecer um grupo grande de senhoras que sabem que aprender é evoluir, é viver. Foi um manhã extraordinária.
Na Universidade Witwatersrand, em Joanesburgo, conversei com os alunos e sabe bem aperceber-me que, após mais de 3 horas, teríamos ficado muito mais tempo a conversar. A recepção na Universidade foi de uma extrema simpatia. Com muitíssima pena da minha parte, por incompatibilidade de datas e disponibilidade, tive de recusar um convite para regressar à Wits (como é chamada habitualmente), mas espero muito sinceramente que o futuro traga a alegria de regressar lá.
Na foto: Na Witswatersrand University
Na livraria Boekehuis apresentei as traduções inglesas dos meus romances Nenhum Olhar e Cemitérios de Pianos para uma plateia que enchia toda a livraria e que, da mesa onde estava, via estender-se mesmo pelo pátio. Conheci muita gente e todos os meus livros esgotaram na livraria. A distribuidora da Bloomsbury na África do Sul disse que o meu último romance (Cemitério de Pianos) está a ter uma procura grande neste país, o que me deixou muito satisfeito.
Na foto: In Boekehuis bookshop, Johannesburg.
Nesta passagem pela África do Sul, tive também oportunidade de falar com diversos órgãos de comunicação social: televisão, rádio e imprensa escrita, com destaque para uma entrevista de fundo no Sunday Times e várias entrevistas para publicações da comunidade portuguesa.
A coordenação entre diversas estruturas que permitiu que esta viagem pelo Botswana, a Namíbia e a África do Sul se concretizasse demonstra que, quando há vontade, empenho, é possível vencer a burocracia e fazer, concretizar. Trata-se de um trabalho que contagia com motivação e que dá esperança.
Para mim, a passagem por estes três países foi um momento alto da minha actividade. Para além das apresentações e encontros, sinto que ganhei novos amigos - palavra tão importante.
Na foto: In Boekehuis bookshop, Johannesburg.