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Disseram-me que são poucos os escritores europeus que fazem apresentações no Botswana. Não sabem o que perdem.
Em Gaborone há muita gente com vontade de ler, de ouvir e de falar de escrita. Para mim, foi um imenso prazer ver os livros que escrevi nas mãos de gente com sorrisos de tanta generosidade.
O atraso de um voo entre Paris e Joanesburgo fez com que perdesse a ligação para Gaborone e, assim, chegasse 4 horas depois do esperado. Depois de 24 horas de voos e aeroportos, fui directamente para a primeira apresentação na Universidade do Botswana. Ainda bem que o fiz. A todos os níveis foi um excelente começo.
No dia seguinte, sexta-feira, fiquei muito satisfeito com a "aula de escrita criativa" que dei nessa mesma universidade. Após uma experiência modesta, já há 8 anos, em Lisboa, tenho acedido a alguns desafios fora de Portugal para fazer oficinas nessa área. Fi-lo na Universidade de Santiago do Chile e no Mindelact, em Cabo Verde, por exemplo. Esta aula do Botswana deu-me vontade de continuar a fazê-lo. Sabe muito bem tentar transmitir algo e ver esse algo a chegar aos outros, a ser entendido.
Agradeço muito toda a simpatia com que fui recebido, nomeadamente pela leitora Sandra Pires, do Instituto Camões.
Estou já em Windhoek, na Namíbia. Amanhã, será um dia que começará cedo na Universidade da Namíbia e que, à tarde, continuará com uma apresentação no Centro Diogo Cão.
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