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Cheguei a Poitiers. À partida, não parece grande feito. Afinal, tinha todos os bilhetes. O tamanho da proeza reside no facto de, hoje, ter começado em França uma greve geral que durará até domingo. No voo da Air France não se sentiu mas, mal aterrei, fiquei a saber que o TGV que deveria partir do aeroporto Charles de Gaulle até Poitiers, cujo bilhete já levava comigo, tinha sido anulado. Táxi até à estação de Montparnasse, onde, três horas mais tarde, haveria outro comboio. Estaria tudo bem se a manifestação de Paris não começasse exactamente em Montparnasse. O taxista stressado.
Mas, tudo bem. Cheguei.
Consegui entrar num comboio e chegar a Poitiers. O tempo está excelente. A luz é nítida.
A imagem do dia é a corrida de pessoas carregadas de malas, eu incluído, no momento em que o painel da estação de Montparnasse anunciou o número da linha de onde partiria o comboio para Hendaye, com passagem por Poitiers.
Consegui lugar à janela. O tempo passa, mas os anos de atletismo continuam a render.
Já agora, um parágrafo de Livro (página 253):
"Por conveniência pessoal e geográfica, eu deslocava-me com mais frequência à Gare de Montparnasse do que a qualquer outra. Encontrava um lugar onde pudesse apoiar o cotovelo e era lá que me instalava. O meu rosto desencorajava mendigos de cigarros, não chegavam a aproximar-se. Possuía serenidade suficiente para observar homens, mulheres ou famílias a passarem, a subirem escadas rolantes, a verem os horários electrónicos dos comboios e a apressarem-se, linhas rectas. Uma vez, vi passar o Bernard Pivot."
Nos próximos dias, participarei nos seguintes encontros públicos com leitores:
13/10, 14 horas - Instituto Camões de Poitiers (Universidade)
13/10, 18 horas - Librairie Gibert Joseph de Poitiers
14/10, 18h30 - Université de La Rochelle
15/10, 18 horas - Librairie du Rivage de Royan
16/10, 17 horas - Médiatèque de Sainte-Marie- de Ré
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